O México na “Polêmica do Novo Mundo": humanismo, catolicismo, história natural e ilustração
DOI:
https://doi.org/10.46752/anphlac.5.2006.1368Resumo
Esse artigo discute, através do pensamento do jesuíta Clavijero, a participação da "Geração Jesuítica
Mexicana de 1750” na chamada "Polêmica do Novo Mundo" desencadeada pelos escritos de naturalistas e
filósofos europeus - Buffon, De Pauw, Raynal, Robertson - altamente depreciativos acerca da América.
Reagindo a esses autores então denominados por Clavijero “filósofos iluministas” ou “filósofos de gabinete”,
ele e outros irmãos de exílio escreveram em defesa da natureza e dos povos do continente americano. Quer-se
também demonstrar como, na parte de sua História Antiga de México, intitulada Disertaciones, Clavijero
contrapõe-se àquelas teses com argumentos também influenciados pela ilustração, ainda que tentando
conciliar a tradição escolástica com o Século das Luzes. Trata-se de uma coexistência eclética entre tradição e
modernidade, escolástica e ilustração: uma singular combinação de argumentos teológicos e naturalistas com
o racionalismo universalista iluminista.
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