A literatura sob fogo cruzado: o “Romance da Revolução Mexicana” e a construção de uma “cultura revolucionária”

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.46752/anphlac.23.2017.2866

Resumen

O presente artigo pretende analisar a relação entre literatura e política no México nas primeiras décadas pós-revolucionárias (1920-1930). A partir dos romances Los de abajo (1915), La sombra del caudillo (1929) e Cartucho (1931), busca-se relacionar a procura por modelos literários e obras aos interesses de intelectuais e da nova elite política pós-revolucionária que, através da cultura e de medidas reformistas, construiu uma ideologia política que se tornou hegemônica durante boa parte do século XX mexicano. Também, procura-se mostrar a tensão e o conflito de interesses entre os escritores e os agentes do Estado mexicano, sendo que muitas vezes a literatura foi utilizada como crítica aos agentes de poder.

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Biografía del autor/a

Warley Alves Gomes, Universidade Federal de Minas Gerais

Concluiu a licenciatura em História pela Universidade Federal de Minas Gerais em 2011. Mestrado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais concluído em 2013. Doutorado em História em andamento pela Universidade Federal de Minas Gerais. Área de especialização: História das Américas.

Membro do Grupo de Estudos e Trabalho em História e Linguagem (GETHL) e do NUPHA, ambos vinculados ao departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais.

Carolline Martins Andrade, Mestrado em História em andamento pela Universidade Federal de Minas Gerais

Licenciatura em História pela Universidade Federal de Minas Gerais em 2013. Em 2015 ingressou ao mestrado em História na mesma instituição. Área de especialização: História das Américas

Membro do Grupo de Estudos e Trabalho em História e Linguagem (GETHL) e do NUPHA, ambos vinculados ao departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais.

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Publicado

2018-02-23

Cómo citar

Gomes, W. A., & Andrade, C. M. (2018). A literatura sob fogo cruzado: o “Romance da Revolução Mexicana” e a construção de uma “cultura revolucionária”. Revista Eletrônica Da ANPHLAC, (23), 56–81. https://doi.org/10.46752/anphlac.23.2017.2866